Os gols de Fred (2) e Neymar cravaram as lanças fatais no peito dos atuais campeões mundiais, garantiram a vitória por 3 a 0 e o quarto título de Copa das Confederações ao Brasil, também vencedor em 1997, 2005 e 2009.
Com a conquista,
exatamente 11 anos após o pentacampeonato mundial de 2002, o técnico Luiz
Felipe Scolari resgatou de vez a confiança da torcida local a uma temporada do
Mundial de 2014. Também deu aos seus adversários a mensagem que queria: os
verdadeiros toureiros do futebol são brasileiros (apesar da 22ª colocação no
ranking da Fifa), e não espanhóis. Era a Espanha a favorita a tourear no
Maracanã neste fim de semana. Não foi o que se viu. Acuados pelo apoio de milhares
de torcedores, os visitantes não resistiram à pressão do Brasil, que abriu o
placar logo no princípio, ampliou ainda no primeiro tempo e sacramentou o
resultado no segundo, com direito a pênalti perdido por Sergio Ramos e a Piqué
expulso. No final, só faltou o público cantar “Touradas em Madri”, sucesso na
voz de Braguinha, como havia feito quem presenciou a goleada por 6 a 1 sobre os
espanhóis no antigo Maracanã, em 13 de julho de 1950.
Com um jogador a mais, o
cenário ficou ainda mais perfeito para o Brasil tourear dentro de casa. Os
espanhóis corriam, confusos, atrás da bola Cafusa enquanto os torcedores
entoavam novamente o Hino Nacional Brasileiro. Felipão aproveitou para mandar
Jadson a campo pela primeira vez, na vaga de Hulk, e tirar os também
ovacionados Fred e Paulinho para as entradas do predestinado Jô e de Hernanes.
Mas ninguém mais queria marcar gols àquela altura. Os tetracampeões da Copa das
Confederações preferiam trocar passes ao som de “olé”, como um dia fizeram os
espanhóis.
Neymar ficou com a chuteira
de bronze, Fred com a de prata e Torres com a de ouro. A bola de ouro foi para
Neymar. Julio Cesar foi eleito o goleiro da competição.